quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O CONCEITO BÍBLICO DE ALMA

No Antigo Testamento, a palavra hebraica “néfesh”, comumente traduzida por “alma”, ocorre 754 vezes. No Novo Testamento, a palavra grega “psyhé”, também geralmente traduzida por “alma”, aparece 102 vezes. Ao examinarmos como essas palavras são usadas na Bíblia, passaremos a ter o seguinte conhecimento sobre suas diversas variações:

1 – Como sendo a vida biológica (Lv. 17:14; Dt. 12:23; Gn. 35:18). De acordo com o contexto, pode ser traduzida por: alma, vida ser vivente. Nesse caso os termos estão relacionado ao sangue como sendo a vida da carne.

2 – Como sendo vida emocional (II Sm. 5.8; Sl. 35:9; Pv. 4.23; Jr. 13:17), Nestes textos relacionados, a “alma” está ligada ao desejo, coração, ou também à emoção, paixão e mente. A alma pode jurar, almejar algo ou ficar com temor (Lv. 5.4; Dt. 12:20; Atos 2:43). Por conseguinte estes termos não indicam algo invisível que resida no homem, mas o próprio homem. A esta expressão pertencem o entendimento, a emoção e a sensibilidade, que terminam com a morte.

3 – Como sendo a vida física (Gn. 12:5; Lv. 16.29; Atos 2:41; I Pd. 3:20). A alma não tem existência separada do corpo. Por isso, a melhor tradução em muitos casos é “pessoa” contida na realidade corpórea. Assim: a alma come (Ex. 12:16). alguém pode raptar uma alma (Dr. 24.7). A alma morre (Ez. 18:4). Ela pode jejuar (Sl. 35:13). Pode desfalecer (Jn. 2:7). A alma pode ser perseguida ou posta em correntes (Sl. 7:5; 105:18) Estas coisas só podem ser feitas por pessoas ou a pessoas.


4 – É também aplicado aos animais (Gn. 1:24; Lv. 11:10). A Bíblia chama as criaturas marinhas de alma (néfesh). Essa palavra, como vemos, também refere-se aos animais terrestres: domésticos, moventes e selváticos.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A CONTITUIÇÃO HUMANA

Introdução: Hoje em dia há grande interesse no assunto da vida após a morte. A ideia da imortalidade da alma tem impregnado as religiões da humanidade por muitos séculos. Por isso é muito importante conhecer a verdade sobre este assunto como salvaguarda contra a arremetida de filosofias e religiões que estão envolvendo numerosos cristãos e não-cristãos.

1 – A FORMAÇÃO DO HOMEN GÊNESIS 2.7

O ser humano é uma unidade e não podemos separá-lo em compartimento. O fato da Bíblia mencionam em I Tessalonicenses 5.23 “espírito, alma e corpo” como elementos consituintes do ser humano não significa que cada um desses elementos tenha existência própria, independente do outro. Tais palavras denotam aspectos diferentes da natureza humana, mas são partes integrantes do homem como um todo.

1 – O homem é produto das mãos de Deus. Depois da criação do universo, da terra, da natureza e dos animais, aquáticos e terrestres, Deus passou a criar o homem que viria a contituir a parte mas importante da criação divina.

2 – O homem foi formado do pó da terra. A palavra “pó” vem do hebraico “afar”, a parte mais frágil da terra. O homem foi tirado dela e é destinado a ela depois que morrer (Gn. 3.19). Mas não é evolução natural da terra. Foi plasmado (que traduzida melhor “formou”) por Deus. O verbo “formou” é o hebraico”iitser”, verbo para o trabalho típico do oleiro ou do artista plástico.


3 – O homem tornou-se alma vivente. Recebendo o fôlego de vida em suas narinas, o homem tornou-se “alma vivente”. Isto é, passou a ter vida própria, tornou-se uma pessoa, passou a ter personalidade. O relato não diz que Deus implantou uma alma mortal, ou uma entidade espiritual. Diz que quando o poder de Deus vitalizou o corpo de Adão, este “veio a ser alma vivente”. Portanto o homem é uma alma, um ser vivo. Veja o mesmo texto na Bíblia Linguagem de Hoje: “Então, do pó da terra, o Deus Eterno formou o ser humano. Ele soprou no seu nariz uma respiração de vida, e assim esse ser se tornou um ser vivo. “Uma vez que o corpo humano foi feito do pó da terra, recebe agora o “fôlego de vida” em sua narinas (do hebraico “nishemath rayym”, que significa: sopro que faz viver, que dá respiração).

O CONCEITO BÍBLICO DE ALMA

No Antigo Testamento, a palavra hebraica “néfesh”, comumente traduzida por “alma”, ocorre 754 vezes. No Novo Testamento, a palavra grega “psyhé”, também geralmente traduzida por “alma”, aparece 102 vezes. Ao examinarmos como essas palavras são usadas na Bíblia, passaremos a ter o seguinte conhecimento sobre suas diversas variações:

1 – Como sendo a vida biológica (Lv. 17:14; Dt. 12:23; Gn. 35:18). De acordo com o contexto, pode ser traduzida por: alma, vida ser vivente. Nesse caso os termos estão relacionado ao sangue como sendo a vida da carne.

2 – Como sendo vida emocional (II Sm. 5.8; Sl. 35:9; Pv. 4.23; Jr. 13:17), Nestes textos relacionados, a “alma” está ligada ao desejo, coração, ou também à emoção, paixão e mente. A alma pode jurar, almejar algo ou ficar com temor (Lv. 5.4; Dt. 12:20; Atos 2:43). Por conseguinte estes termos não indicam algo invisível que resida no homem, mas o próprio homem. A esta expressão pertencem o entendimento, a emoção e a sensibilidade, que terminam com a morte.

3 – Como sendo a vida física (Gn. 12:5; Lv. 16.29; Atos 2:41; I Pd. 3:20). A alma não tem existência separada do corpo. Por isso, a melhor tradução em muitos casos é “pessoa” contida na realidade corpórea. Assim: a alma come (Ex. 12:16). alguém pode raptar uma alma (Dr. 24.7). A alma morre (Ez. 18:4). Ela pode jejuar (Sl. 35:13). Pode desfalecer (Jn. 2:7). A alma pode ser perseguida ou posta em correntes (Sl. 7:5; 105:18) Estas coisas só podem ser feitas por pessoas ou a pessoas.


4 – É também aplicado aos animais (Gn. 1:24; Lv. 11:10). A Bíblia chama as criaturas marinhas de alma (néfesh). Essa palavra, como vemos, também refere-se aos animais terrestres: domésticos, moventes e selváticos.

quinta-feira, 21 de março de 2013

O DIA DA MORTE DE CRISTO


2 – Os elementos da Páscoa (Êx. 12.5). O cordeiro, a ser morto na ocasião da Páscoa, deveria ter um ano de idade e ser perfeito. Essa exigência de Cristo, o Filho de Deus (Jo. 1:29). Ainda havia naquela composição: pão asmo e ervas amargas. O pão da Páscoa precisava ser asmo ou ázimo, isto é, sem fermendo, e não podia haver nenhum traça de impureza, significada pelo fermento (êx. 12:18-20), poi prefigurava o Cristo (também sem pecado); e as ervas amargosas os sofrimentos de Israel, e o ministério de Jesus com sua aflições (Jo. 19:17).
3 – A morte de Jesus e sua relação com a Páscoa (I co. 5:7). Jesus, como o cordeiro de Deus, é a nossa Páscoa e comemora a libertação da escravidão do pecado. Relacionada ao ministério público de Jesus, a Páscoa é algo determinante que faz, coincidir, também, no mesmo dia e hora da morte de Jesus. O cordeiro da Páscoa era imolado à tarde do décimo quarto dia de Nisã e comigo depois ao pôr-do-sol. Da mesma forma que o cordeiro pascal lembra a salvação da escravidão do Egito. Cristo, o cordeiro pascal, lembra a salvação do pecado.


segunda-feira, 18 de março de 2013

O DIA DA MORTE DE CRISTO

O DIA DA MORTE DE CRISTO
Introdução: Em que dia morreu e ressuscitou Jesus Cristo? Para a maioria dos cristãos a resposta à esta pergunta é: “morreu na sexta-feira e ressuscitou no domingo de Páscoa”. Porém não é tão simples assim. Examinando as Escrituras encontraremos a verdade sobre o dia da morte de Jesus na cruz. O presente estudo tem como objetivo examinar uma série de textos bíblicos que o farão entender melhor os fatos que envolveram a pessoa de Cristo com relação à sua morte e ressurreição.

1 - PÁSCOA : SUA RELAÇÃO COM A MORETE DE CRISTO
Há uma estreita relação entre a antiga Páscoa judaica e a morte de Cristo. E não se pode analisar os fatos que culminaram com Sua morte sem se levar em conta a relação existente entre ela e a Páscoa que lhe serviu de sombra (Cl. 2.17).

1 – A instituição da Páscoa (Êx. 12:1-14; Dt. 16:6,16; Nm. 28:17,18). A Páscoa era celebrada no dia 14 de Abibe, que mais tarde tornou-se conhecido como mês de Nisã. Este era o primeiro mês do calendário hebraico (o que corresponde a março/abril do calendário atual). A data da Páscoa era fixa, diferindo da Páscoa comemorava a libertação do cativeiro efípcio. O cordeiro escolhido, para esse jantar familiar, deveria ser separado no dia 10 e imolado no dia 14, no crepúsculo da tarde. O décimo quinto dia, o primeiro dia eram os dias dos pães ázimos (sem fermento); e no vigésimo segundo dia, observava-se um novo repouso (Lv. 23:8).

2 – Os elementos da Páscoa (Êx. 12.5). O cordeiro, a ser morto na ocasião da Páscoa, deveria ter um ano de idade e ser perfeito. Essa exigência de Cristo, o Filho de Deus (Jo. 1:29). Ainda havia naquela composição: pão asmo e ervas amargas. O pão da Páscoa precisava ser asmo ou ázimo, isto é, sem fermendo, e não podia haver nenhum traça de impureza, significada pelo fermento (êx. 12:18-20), poi prefigurava o Cristo (também sem pecado); e as ervas amargosas os sofrimentos de Israel, e o ministério de Jesus com sua aflições (Jo. 19:17).

3 – A morte de Jesus e sua relação com a Páscoa (I co. 5:7). Jesus, como o cordeiro de Deus, é a nossa Páscoa e comemora a libertação da escravidão do pecado. Relacionada ao ministério público de Jesus, a Páscoa é algo determinante que faz, coincidir, também, no mesmo dia e hora da morte de Jesus. O cordeiro da Páscoa era imolado à tarde do décimo quarto dia de Nisã e comigo depois ao pôr-do-sol. Da mesma forma que o cordeiro pascal lembra a salvação da escravidão do Egito. Cristo, o cordeiro pascal, lembra a salvação do pecado.

II – A DETERMINAÇÃO DA TADA DA MORTE DE JESUS
Vamos agora descobrir o ano da crucificação de Jesus, tendo já descoberto que o dia da Sua morte se deu no dia 14 de Abibe, quando se comemorava a Páscoa.

1 – A profecia de Daniel (Dn. 9:24-27). O anjo explicou a Daniel que passaria 69 semanas proféticas desde a saída da ordem de restaurar e edificar Jerusalém até ao Messias, o Príncipe. Na profecia de Daniel, a palavra semana, segundo se entende no contexto, significam 7 anos. Tomando isso por base, faremos o cálculo para saber o tempo em que apareceria o Messias. Segundo as Escrituras, desde que se deu a ordem para a restauração de Jerusalém nos dias do rei Artaxerxes, que foi no ano 457 a.C. (Ne. 2:1), até o dia quando chegasse o Messias, passariam 483 anos (69x7 = 483 -457=26). Este tempo cumpriu-se literalmente no batismo de Jesus, quando João o batizou no rio Jordão, iniciando, assim o seu ministério no outono do ano 27 d.C. Segundo a profecia, O Príncipe seria tirado (morto) no meio da septuagésima semana profética, ou seja, três anos e meio depois do concerto, que se deu no ano 31 d.C.

2 – O Ano da Sua morte (Lc. 3:1-3). Lucas declara que João Batista começou a batizar no décimo quinto ano de reinado de Tibério César, o imperador romano, Isso ocorreu 15 anos após o batismo de Jesus, que se deu no ano 27 d.C., somos transportado ao ano 31 d.C. Sendo assim, temos o ano 31 como sendo o ano da morte de Cristo.

3 – O sinal da sua morte (Mt. 12:40). Há três palavras gregas para designar milagres: a) “teras”, coisa maravilhosa; b) “dunamis”, poder maravilhoso; c)”semeion”, uma prova ou sinal sobrenatural. Os judeus pediram um sinal para Jesus. Para confirmar a obra de Jesus, haveria o maior prodígio de todos. O tempo de permanência na sepultura foi dado por Jesus como o sinal da Sua messianidade. Esse tempo seria, segundo Jesus, de três dias e três noites. A analogia a Jonas serviu ao propósito de Jesus para apontar para Sua ressurreição.

III – O MINISTÉRIO DA ÚLTIMA SEMANA
Um cuidadoso exame dos textos bíblicos vai mostrar com suficiente clareza onde Jesus esteve em casa um dos dias da última semana de Seu ministério terreno. Entretando, é oportuno esclarecer que os acontecimentos narrados nos evangelhos não obedecem a nenhuma ordem cronológica. A despeito disto, porém, é possível ordenar-se boa parte dos acontecimentos, inclusive porque a maioria ocorreu durante a última semana.

1 – Sexta-feira anterior à morte (Jo. 12:1; Lc. 13:22). Jesus saiu de Efraim e se dirigiu para Betânia. Isso ocorreu 6 dias antes da comemoração da Páscoa dos judeus. Isto significa que a referido saída ocorreu no dia 9. O percurso entre Efraim e Betânia não poderia ser feito senão em um dia comum de trabalho, em razão da distância, cerca de vinte quilômetros.

2 – Sábado anterior à morte (Lc. 13:10, 31-33; 14:1; 18:31-34; 19:1-5). Jesus ensina numa sinagoga. Neste mesmo dia vamos encontrá-lo participando de um banquete. De acordo com o costume judaico, o Senhor não teria prosseguido com Sua viagem no Sábado. No final daquele Sábado, Jesus foi informado de que Herodes procurava ocasião para matá-lo, e isso fez com que se retirasse dali com Seus discípulos para Jericó (Mc. 10:46,51-52). Porém, antes de sair, mandou dizer a Herodes que tinha uma agenda a ser cumprida, abrangendo três dias de intensa atividade e que só depois disso, seria consumado. Naquela noite, Jesus pousou na casa de Zaqueu, em Jericó.

3 – Primeiro dia da semana anterior à morte (Mt. 20:29;21:1-11). Pela manhã do primeiro dia da semana, Jesus juntou-se à uma caravana de peregrinos vindo da região da Peréia, dalém do Jordão, e com eles entrou em Jerusalém, montado em um jumentinho. Nesse mesmo dia expulsou os cambistas do templo (Lc. 19:45,46). À noite, retirou-se para Betânia, onde pousou (Mc. 11:11). Chegaba ao fim o primeiro dia da sua agenda de trabalhos mencionada em Lucas 13.31-33.

4 – Segunda-feira anterior à morte (Mt. 26:1, 14-16, 22). Jesus voltou à Jerusalém na manhã de Segunda-feira, dia 12 de Abibe, indo ao templo, onde ficou ensinando (os ensinos são os que estão em Mateus 21:23 a 25:46). Mateus registra que “daqui a dois dias é a Páscoa...”, E ele ainda acrescentar que é nesse dia que “o Filho do homem será entregue para ser crucificado”. Isto iria ocorrer no dia 14 de Abibe, num Quarta-feira, o último dos 6 dias de João 12.1 e também o último dos 3 dias mencionados em Lucas. Ainda nesse mesmo dia Judas procurou o príncipe dos sacerdotes para combinar o preço da traição.

5 – Terça-feira anterior à morte (Lc. 22:17-19). Ao pôr-do-sol daquele dia Jesus mandou preparar o local dos preparativos da Páscoa que seria comido ao entardecer do dia 14, Jesus, porém, antecipou para a noite do dia 13 (Terça-feira), comendo assim a Páscoa com seus discípulos uma noite antes do normal. Depois levantou-se da mesa e lavou-lhes os pés (Jo. 13:1-17) e instituiu a Santa Ceia (Mt. 26:26-29). Logo após anunciou a traição dando um bocado de pão a Judas que saiu para chamar os soldados, “e era já noite” (Jo. 13:30). Jesus deu as últimas instruções aos Seus discípulos (Jo. 13.31 a 17:26). Depois saiu com eles para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto “e Judas, que o traia, também conhecia aquele lugar” (Jo. 18.1,2). Logo após, Judas, que o traia, também “a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio ali com lanternas, tochas e armas” para prenderem a Jesus. Os discípulos fogem, deixando Jesus sozinho. Ainda nessa mesma noite, Ele foi levado perante Anás (Jo. 18:3,12,13).

IV - O DIA DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS
já pudemos observar que a última Páscoa comemorada por Jesus ocorreu no ano 31 d.C., e o cordeiro pascal, segunda as Escrituras, devia morrer exatamente no dia 14 do mês de Abibe. Vejamos agora em que dia ocorreu a morde do nosso Salvador.

1 – O dia da sua morte (Lc. 22:66-71; 23:6-12; Jo. 18:39,40). Cedo, de manhã, na Quarta-feira, dia 14 de Abibe, Jesus foi levado da casa de Caifás para a audiência com Pilatos. Antes, passou pelo julgamento formal diante do Sinédrio. Pilatos enviou Jesus a Herodes. Herodes enviou Jesus novamente a Pilatos, que soltou a Barrabás. (Mt. 27:15,16,26). Jesus é coroado, espancado e forçado a levar a cruz até monte do Gólgota, onde é crucificado entre dois ladrões (Mt. 27.27-38), e desde a hora sexta (meio-dia) até a hora nona (três horas após meio dia) houve trevas. Houve um grande terremoto e o véu do templo se rasgou em duas partes (Mt. 27:45,51). À hora nona Jesus expirou, e caindo a tarde, José de Arimatéia foi ter com Pilatos para pedir o corpo de Jesus. A segior, com Nicodemos, prepararam o corpo para o sepultamento (Mt. 27:57-60; Jo. 19:38-42), e o sepultaram num sepulcro novo, o pôr-do-sol. A partir daqui começam “os três dias e três noites”.
2 – A preparação dos Judeus (Mt. 27:62). Sendo Jesus crucificado na Quarta-feira o dia imediato, Quinta-feira, era o dia chamado “o grande Sábado”(feriado judaico, Jo. 19.31); era o dia 15 de Abibe ou Nisã, o primeiro dia após o sacrifício do cordeiro pascoal. Este dia da preparação não era a Sexta-feira, mas sim o prepara dos judeus para a pascoa (Mt. 26:1-5; Mc. 14:1,2). Esse é o motivo de Mateus não ter usado o termo “Sábado”, para não ser confundido com esse dia.
3 – O dia da ressurreição (Mt. 28.1). Mateus registra que “no findar do Sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana”. As mulheres foram ver o sepulcro de Jesus. É importante notar que o dia hebraico termina no pôr-do-sol. Portanto, fica evidente que Jesus ressuscitou no pôr-do-sol do Sábado, e não no Domingo de manhã, como é ensinado por muitos. A ressurreição de Jesus teria de se dar no Sábado, ao pôr-do-sol, no momento exato quando se completariam os três dias e as três noites – no seio da terra. Relembremos aqui o tempo: Jesus passou na Sexta na sepultura, as noites de: Quarta para Quinta: de Quinta para Sexta e Sábado = três noites; passou os dias de: Quinta, Sexta e Sábado o dia todo até o momento da ressurreição, no findar do dia, segundo as Escrituras = três dias. Portanto, “Três dias e três noites” .

V – A HARMONIA DOS EVANGELHOS
Há textos que se apresentam como forte objeção ao assunto; porém, o estudo dos mesmos ajuda a entender essas coisas. Quanto comparadas uns com os outros: a causa justa aparece. Vejamos como se harmonizam os evangelhos.

1 – A preparação das mulheres (Mc. 16:1,2; Lc. 23.53-56). Lucas registra a preparação das mulheres antes do Sábado e Marcos depois do Sábado. Como se explica isso? É importante lembrar que aquela semana teve dois sábados: O Sábado pascal e o sétimo dia. O Sábado pascaal era comemorado no dia 15 de Abibe (não importava o dia da semana em que caísse). Neste dia era feira a “santa convocação” (Lv. 23.6,7). Assim fica claro que as mulheres compraram as especiarias na Sexta-feira daquela semana, e que o escritor Marcos faz referência ao Sábado pascal, o qual ocorreu numa Quinta-feira, enquanto Lucas menciona o Sábado do sétimo dia da semana.

2 – A ressurreição no primeiro dia da semana (Mc. 16.9). A Bíblia, quando foi escrita, não tinha divisões de capítulos e versículos, como tem agora, tampouco, a pontuação, pois os textos eram escritos à mão e em ordem seguinda, mesmo sem separação de palavras. Por conseguinte, a vírgula que aparece logo após a palavra “semana” não foi colocada por Marcos. Porém quanto a pontuação entrou em vigor, foi colocada de acordo com o pensamneto da ressurreição no primeiro dia da semana. Entretanto, o texto precisa ser lido com a pontuação da seguinte maneira: “E tendo Jesus ressuscitado, na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeramente a Maria Madalena, do qual tinha expulsado sete demônios”. A referência do primeiro dia é então ao encontro de Jesus com Maria e não à ressurreição.





segunda-feira, 11 de março de 2013

V – TIRANDO DÚVIDAS SOBRE O SÁBADO


1 – Diferença entre o Sábado moral e os Sábados cerimoniais (Ez. 20:12,20 Os. 2:11). As Escrituras Sagradas fazem referência clara a dois sábados. A saber: o Sábado moral e o Sábado cerimonial. Um é o Sábado do sétimo dia da semana. O outro ocorria em datas fixas do ano, como se fosse um feriado nacional, visto que em hebraico não existe termo para a expressão “feriado”, pois a própria palavra “shabath” significa cessar, pausa (veja Êx. 5:4,5, onde se usa a mesma palavra no original), denotando, portanto um descanso religioso (como os que temos no Brasil). Assim é que, em forma ampla. “shabath” assinalava certos dias de festa instituídos por quando se exigia a pausa do trabalho, mas que necessariamente não caíam no dia da semana cognominado Sábado (Lv. 16:29-31). Esses Sábados cerimoniais eram em número de sete. Eles tinham uma finalidade: “eram sombras das coisas futuras” (Hb. 10:1). Esses festivais sabáticos eram os seguintes: 1) Páscoa – 15º dia do primeiro mês; 2) Festas dos Pães Asmos – 21º dia do primeiro mês; 4) Memória da Jubilação (Festa das Trombetas) – 1º dia do sétimo mês; 4) Dia da Expiação – 10º dia do sétimo mês; 6) 1º Dia da Desta dos Tabernáculos – 15º dia do sétimo mês ; 7) Último Dia da Festa dos Tabernáculos – 22º dia do sétimo mês.

2 – O Sábado que foi abolido por Deus (Cl. 2:14-17). Como já dissemos anteriormente, todos aqueles sábados cerimonias que apontavam para um futuro, ou seja para Cristo, sendo dessa forma cravados na cruz do calvário, uma vez que já tinham cumprido o seu propósito profético.

3 – A Instituição do Domingo como dia de guarda (Dn. 7:25). Na primeira parte do quarto século, Constantino, o imperador romano, se tornou cristão. Ele ainda era pagão quando decretou que os escritórios do governo, cortes e as oficinas dos artesões deveriam fechar no primeiro dia da semana, “o venerável dia do sol”, como era chamado. E foi naquele mesmo século que o Concílio de Laodicéia (321 d.C.) expressou a preferência pelo domingo. Uma vez que muitos cristãos tinham sido adoradores do Sol antes de sua conversão ao cristianismo (os adoradores do Sol guardavam o primeiro dia da semana há séculos), tornar o domingo um costume cristão seria uma vantagem para a igreja.
Assim, por vários séculos, ambos os dias foram observados lado a lado. De fato, essa prática paralela continuou até o século VI com o verdadeiro sábado sendo observado em muitas áreas do mundo cristão. Mas com o paganismo se infiltrando na igreja, sob a influência tanto da popularidade como da perseguição, o domingo foi enfatizado cada vez mais, e o sábado cada vez menos. Os escritos dos pais da igreja primitiva nos contam a história. Eles traçaram o caminho da apostasia. Eles registraram as práticas da igreja primitiva. Nenhum escritos eclesiástico dos primeiros três séculos atribuiu a origem da observância do domingo a Cristo nem aos apóstolos. Augusto Neander, um dos principais historiadores da era cristão, escreveu: “O festival do domingo, como todos os outros festivais, era apenas uma ordenança humana, e estava longe da intenção dos apóstolos estabelecer um mandamento divino a esse respeito. Não era intenção deles nem da igreja apostólica primitiva transferir as leis do sábado para o domingo” - A História da Religião e da Igreja Cristã, pág. 186.

sexta-feira, 8 de março de 2013

IV – OS APÓSTOLOS E O SÁBADO


1 – O Sábado foi observado pelos seguidores de Jesus, após sua morte (Lc. 23:54-56). “Preparação” é a palavra judaica para Sexta-feira. Nessa época do ano, o Sábado começava, aproximadamente às 18 horas. Às mulheres preparavam as especiarias e unguentos, substâncias aromáticas usadas para ungir o corpo dos mortos, antes do Sábado, enquanto esperavam uma primeira oportunidade para uma visita ao túmulo. Porém, “no Sábado repousaram conforme o mandamento”. Como Mateus relata que a primeira visita deu-se ao pôr-do-sol no dia de Sábado (Mt. 28:1), entende-se que o verdadeiro Sábado bíblico é o período de vinte e quatro horas do pôr-do-sol da Sexta-feira ao pôr-do-sol do Sábado (Lv. 23:32; Ne. 13:19; Mc. 1:21).

2 – O Sábado foi observado pelos Apóstolos em Antioquia (Atos 13:14,15; 42;44). Essas reuniões de Sábado ocorreram durante um período de dez anos (cerca de 45 a 55 d.C). Por que Lucas reladou todas essas reuniões que os apóstolos realizaram no Sábado, sem dizer uma só palavra sobre alguma mudança com relação ao Sábado? Por certo, se houvesse algum conselho inspirado para prestar culto noutro dia ou para não prestar culto em dia algum, Lucas teria mencionado isso.

3 – O Sábado era observado mesmo onde não havia Igreja (Ato 16:12-15). em Filipos, Paulo e seus auxiliares guardavam o Sábado “junto do rio”. Eles não foram lá porque o lugar era conveniente para se encontrarem com judeu; e, sim, porque nesse local lhes “pareceu haver um lugar de oração'. O relato demonstra que os apóstolos observaram o Sábado como dia da oração e testemunho.

4 – O Sábado também foi observado em Tessalônica e Corinto (Atos 17:1,2; 181,4,11). Alguns cristãos crêem que Paulo ia às sinagogas no dia de Sábado só porque podia encontrar ali uma assistência de judeus dispostos a ouvir o evangelho. Sem dúvida, Paulo usava as sinagogas como centro evangelístico; mas ele guardava o Sábado, quer fosse na sinagoga ou não.

quinta-feira, 7 de março de 2013

III – CRISTO E O SÁBADO


1 – O Sábado foi observado por Jesus em seu ministério terreno (Lc. 4:14-16,31). A visita de Jesus à sinagoga da cidade em que Ele residiu ocorreu no fim de uma série de pregações e ensinos aos sábados. Em regra, tanto a presença de Jesus como a de Paulo, numa sinagoga, indicam a observância do Sábado. O “costume” de Jesus era frequentar, regularmente, a sinagoga aos sábados, enfatiza o escritor Lucas.

2 – O Sábado e todos os demais mandamentos foram defendidos por Jesus (Mt. 5:17-20). Jesus respondeu as acusações farisaicas de que estava destruindo a lei e os profetas (a duas partes mais importantes do Antigo Testamento), dizendo que não veio para abolir a Lei ou os Profetas. Ele não veio para abolir, mas para cumprir. Cumprir não significa apenas levar a efeito as predições, mas a realizações da intenção da Lei e dos profetas. Dessa forma ele reafirma que num só “i” (iota: letra menor do alfabeto grego) nem um só “til” (um pequeno acento que formava parte de uma letra hebraica) passariam, mas que a lei toda iria ser cumprida.

3 – Jesus reafirmou a verdadeira instituição do Sábado (Mc. 2:23-28). Os rabis haviam publicado, no Talmude, uma lista de 39 grandes trabalhos proibidos no Sábado. Cada um desses trabalhos se dividia em outros menores, que também eram proibidos. Colher, debulhar e joeirar faziam parte dessa lista. Foi por isso que os fariseus acusaram a Jesus de não reprimir Seus discípulos. Então Jesus lhe disse: “O Sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado.” O Sábado foi estabelecido para ser uma bênção, benefício, não um fardo. Por esta razão. Jesus, que instituiu o Sábado, não o cobriu de mutias ordens negativas e positivas. Ele expôs um princípio que todo indivíduo deve interpretar por si mesmo. O preceito positivo de Cristo para a observância do sábado é o seguinte: “é lícito fazer o bem aos sábados” (Mt. 12:12). A ocasião em que Ele proferiu estas palavras foi durante a cura, no Sábado, do homem da mão ressequida.

quarta-feira, 6 de março de 2013

II – O SÁBADO NO ANTIGO TESTAMENTO


1 – O Sábado foi observado por Abraão, o pai da fé Gn. 26:5 “Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis.”. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a experiência de Abraão é apresentada como grande exemplo de justiça pela fé em Cristo (Gl. 3:6-14). Abraão obedeceu, porém, às leis de Deus. A observância do Sábado não era uma experiência legalista para ele. Constituía uma benção, pois era um ato de fé no seu Criador.

2 – O Sábado foi observado antes de ser dada a lei no Monte Sinai (Êx. 16:4,5, 16-30). Os israelitas foram lembrados do Sábado antes da entrega dos Dez Mandamentos no Sinai. Eles deviam colher uma porção dobrada de maná no sexto dia, a fim de santificar o Sábado do sétimo dia. O período de escravidão no Egito (400 anos) interrompera a prática de sua observância religiosa. Depois do Êxodo, o Senhor reapresentou o Sábado. Note atentamente as palavras “prova” e “lei” no verso 4. Elas indicam claramente a existência da lei e do Sábado com prova de lealdade antes do Sinai.

3 – A observância do Sábado foi incluída no quarto mandamento da Lei de Des (Êx. 20.8-11). Quando Deus entregou Sua lei na forma escrita, incluiu o Sábado como o dia de repouso. Entre os dez mandamentos só no quarto pode-se identificar o Criador do Universo. Perceba a expressão “Lembra-te”, entre todos os 9 mandamentos só o sábado é colocado como Lembra-te, pois lá em Gn. 2.1-3 ele já tinha sido ordenado por Deus. O Sábado é o centro da Lei e sinal entre Deus e o Seu povo (Êx. 31:12-17; Ez. 20:12,20). Entre os Dez Mandamento, o 4º é o mais citado pelos escritores sagrados, demonstrando isto que Deus teve o cuidado de sempre lembrar ao homem o seu dever de santificá-lo.

terça-feira, 5 de março de 2013

O DIA DO SENHOR

Vamos tratar de um assunto relevante, o Sábado. Um estudo cuidadoso a este respeito, tanto do ponto de vista doutrinário como histórico deixará bem claro que o dever do homem de guardar o Sábado permanece enquanto ele existir sobre a terra.
A palavra “Sábado” vem do hebraico “shabath”, significa: desistir, cessar, acabar, pausa, interromper, donde vem a ideia de descanso. Logo depois que se completou a grande obra da criação, foi instituído o Sábado. Gn. 2:1-3 “Assim os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado, no dia sétimo, a sua obra que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera.” e por causa da sua origem divina, é dia que se deve santificar perpetuamente.

I – A INSTITUIÇÃO DO SÁBADO – GÊNESES 2:1-3

1 – O Sábado foi instituído no fim da Criação. No fim da semana da Criação, quando os três reinos (mineral, vegetal e animal), tinham saído com absoluta perfeição da mão do Criador, Deus estabeleceu o Sábado. A observância do Sábado não era desconhecida antes da entrega da lei no Sinai, como supõem muitos cristãos. Ela não é uma instituição privativa dos judeus, muitos dizem que o Sábado foi feito para o judeu, porém quando foi instituído não existia nação formada. O Sábado é uma instituição que existe desde a Criação.

2 – O Sábado foi abençoado e santificado por Deus. Após haver concluído todo o trabalho da criação. Deus descansou no sétimo dia e lhe conferiu a bênção e a santificação, dois atributos que nenhum dia da semana possui, como podemos observar em Gn. 2.3 “E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera.” O Criador descansou não porque estivesse cansado, mas para dar exemplo ao homem criado (Is. 40.28). Deus o separou dos demais dias para nele o homem também santificar o Seu nome. Santo ou santificado quer dizer: separado para o fim do que é santo. Não que somente o sábado seja um dia de adoração, todos os dias são dias em que devemos estar adorando a Deus, porém o Sábado é o dia que Deus separou para juntos congregarmos e cultuarmos a Ele.


II – O SÁBADO NO ANTIGO TESTAMENTO

1 – O Sábado foi observado por Abraão, o pai da fé Gn. 26:5 “Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis.”. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a experiência de Abraão é apresentada como grande exemplo de justiça pela fé em Cristo (Gl. 3:6-14). Abraão obedeceu, porém, às leis de Deus. A observância do Sábado não era uma experiência legalista para ele. Constituía uma benção, pois era um ato de fé no seu Criador.

2 – O Sábado foi observado antes de ser dada a lei no Monte Sinai (Êx. 16:4,5, 16-30). Os israelitas foram lembrados do Sábado antes da entrega dos Dez Mandamentos no Sinai. Eles deviam colher uma porção dobrada de maná no sexto dia, a fim de santificar o Sábado do sétimo dia. O período de escravidão no Egito (400 anos) interrompera a prática de sua observância religiosa. Depois do Êxodo, o Senhor reapresentou o Sábado. Note atentamente as palavras “prova” e “lei” no verso 4. Elas indicam claramente a existência da lei e do Sábado com prova de lealdade antes do Sinai.

3 – A observância do Sábado foi incluída no quarto mandamento da Lei de Des (Êx. 20.8-11). Quando Deus entregou Sua lei na forma escrita, incluiu o Sábado como o dia de repouso. Entre os dez mandamentos só no quarto pode-se identificar o Criador do Universo. Perceba a expressão “Lembra-te”, entre todos os 9 mandamentos só o sábado é colocado como Lembra-te, pois lá em Gn. 2.1-3 ele já tinha sido ordenado por Deus. O Sábado é o centro da Lei e sinal entre Deus e o Seu povo (Êx. 31:12-17; Ez. 20:12,20). Entre os Dez Mandamento, o 4º é o mais citado pelos escritores sagrados, demonstrando isto que Deus teve o cuidado de sempre lembrar ao homem o seu dever de santificá-lo.


III – CRISTO E O SÁBADO

1 – O Sábado foi observado por Jesus em seu ministério terreno (Lc. 4:14-16,31). A visita de Jesus à sinagoga da cidade em que Ele residiu ocorreu no fim de uma série de pregações e ensinos aos sábados. Em regra, tanto a presença de Jesus como a de Paulo, numa sinagoga, indicam a observância do Sábado. O “costume” de Jesus era frequentar, regularmente, a sinagoga aos sábados, enfatiza o escritor Lucas.

2 – O Sábado e todos os demais mandamentos foram defendidos por Jesus (Mt. 5:17-20). Jesus respondeu as acusações farisaicas de que estava destruindo a lei e os profetas (a duas partes mais importantes do Antigo Testamento), dizendo que não veio para abolir a Lei ou os Profetas. Ele não veio para abolir, mas para cumprir. Cumprir não significa apenas levar a efeito as predições, mas a realizações da intenção da Lei e dos profetas. Dessa forma ele reafirma que num só “i” (iota: letra menor do alfabeto grego) nem um só “til” (um pequeno acento que formava parte de uma letra hebraica) passariam, mas que a lei toda iria ser cumprida.

3 – Jesus reafirmou a verdadeira instituição do Sábado (Mc. 2:23-28). Os rabis haviam publicado, no Talmude, uma lista de 39 grandes trabalhos proibidos no Sábado. Cada um desses trabalhos se dividia em outros menores, que também eram proibidos. Colher, debulhar e joeirar faziam parte dessa lista. Foi por isso que os fariseus acusaram a Jesus de não reprimir Seus discípulos. Então Jesus lhe disse: “O Sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado.” O Sábado foi estabelecido para ser uma bênção, benefício, não um fardo. Por esta razão. Jesus, que instituiu o Sábado, não o cobriu de mutias ordens negativas e positivas. Ele expôs um princípio que todo indivíduo deve interpretar por si mesmo. O preceito positivo de Cristo para a observância do sábado é o seguinte: “é lícito fazer o bem aos sábados” (Mt. 12:12). A ocasião em que Ele proferiu estas palavras foi durante a cura, no Sábado, do homem da mão ressequida.



IV – OS APÓSTOLOS E O SÁBADO

1 – O Sábado foi observado pelos seguidores de Jesus, após sua morte (Lc. 23:54-56). “Preparação” é a palavra judaica para Sexta-feira. Nessa época do ano, o Sábado começava, aproximadamente às 18 horas. Às mulheres preparavam as especiarias e unguentos, substâncias aromáticas usadas para ungir o corpo dos mortos, antes do Sábado, enquanto esperavam uma primeira oportunidade para uma visita ao túmulo. Porém, “no Sábado repousaram conforme o mandamento”. Como Mateus relata que a primeira visita deu-se ao pôr-do-sol no dia de Sábado (Mt. 28:1), entende-se que o verdadeiro Sábado bíblico é o período de vinte e quatro horas do pôr-do-sol da Sexta-feira ao pôr-do-sol do Sábado (Lv. 23:32; Ne. 13:19; Mc. 1:21).

2 – O Sábado foi observado pelos Apóstolos em Antioquia (Atos 13:14,15; 42;44). Essas reuniões de Sábado ocorreram durante um período de dez anos (cerca de 45 a 55 d.C). Por que Lucas reladou todas essas reuniões que os apóstolos realizaram no Sábado, sem dizer uma só palavra sobre alguma mudança com relação ao Sábado? Por certo, se houvesse algum conselho inspirado para prestar culto noutro dia ou para não prestar culto em dia algum, Lucas teria mencionado isso.

3 – O Sábado era observado mesmo onde não havia Igreja (Ato 16:12-15). em Filipos, Paulo e seus auxiliares guardavam o Sábado “junto do rio”. Eles não foram lá porque o lugar era conveniente para se encontrarem com judeu; e, sim, porque nesse local lhes “pareceu haver um lugar de oração'. O relato demonstra que os apóstolos observaram o Sábado como dia da oração e testemunho.

4 – O Sábado também foi observado em Tessalônica e Corinto (Atos 17:1,2; 181,4,11). Alguns cristãos crêem que Paulo ia às sinagogas no dia de Sábado só porque podia encontrar ali uma assistência de judeus dispostos a ouvir o evangelho. Sem dúvida, Paulo usava as sinagogas como centro evangelístico; mas ele guardava o Sábado, quer fosse na sinagoga ou não.


V – TIRANDO DÚVIDAS SOBRE O SÁBADO

1 – Diferença entre o Sábado moral e os Sábados cerimoniais (Ez. 20:12,20 Os. 2:11). As Escrituras Sagradas fazem referência clara a dois sábados. A saber: o Sábado moral e o Sábado cerimonial. Um é o Sábado do sétimo dia da semana. O outro ocorria em datas fixas do ano, como se fosse um feriado nacional, visto que em hebraico não existe termo para a expressão “feriado”, pois a própria palavra “shabath” significa cessar, pausa (veja Êx. 5:4,5, onde se usa a mesma palavra no original), denotando, portanto um descanso religioso (como os que temos no Brasil). Assim é que, em forma ampla. “shabath” assinalava certos dias de festa instituídos por quando se exigia a pausa do trabalho, mas que necessariamente não caíam no dia da semana cognominado Sábado (Lv. 16:29-31). Esses Sábados cerimoniais eram em número de sete. Eles tinham uma finalidade: “eram sombras das coisas futuras” (Hb. 10:1). Esses festivais sabáticos eram os seguintes: 1) Páscoa – 15º dia do primeiro mês; 2) Festas dos Pães Asmos – 21º dia do primeiro mês; 4) Memória da Jubilação (Festa das Trombetas) – 1º dia do sétimo mês; 4) Dia da Expiação – 10º dia do sétimo mês; 6) 1º Dia da Desta dos Tabernáculos – 15º dia do sétimo mês ; 7) Último Dia da Festa dos Tabernáculos – 22º dia do sétimo mês.

2 – O Sábado que foi abolido por Deus (Cl. 2:14-17). Como já dissemos anteriormente, todos aqueles sábados cerimonias que apontavam para um futuro, ou seja para Cristo, sendo dessa forma cravados na cruz do calvário, uma vez que já tinham cumprido o seu propósito profético.

3 – A Instituição do Domingo como dia de guarda (Dn. 7:25). Na primeira parte do quarto século, Constantino, o imperador romano, se tornou cristão. Ele ainda era pagão quando decretou que os escritórios do governo, cortes e as oficinas dos artesões deveriam fechar no primeiro dia da semana, “o venerável dia do sol”, como era chamado. E foi naquele mesmo século que o Concílio de Laodicéia (321 d.C.) expressou a preferência pelo domingo. Uma vez que muitos cristãos tinham sido adoradores do Sol antes de sua conversão ao cristianismo (os adoradores do Sol guardavam o primeiro dia da semana há séculos), tornar o domingo um costume cristão seria uma vantagem para a igreja.
Assim, por vários séculos, ambos os dias foram observados lado a lado. De fato, essa prática paralela continuou até o século VI com o verdadeiro sábado sendo observado em muitas áreas do mundo cristão. Mas com o paganismo se infiltrando na igreja, sob a influência tanto da popularidade como da perseguição, o domingo foi enfatizado cada vez mais, e o sábado cada vez menos. Os escritos dos pais da igreja primitiva nos contam a história. Eles traçaram o caminho da apostasia. Eles registraram as práticas da igreja primitiva. Nenhum escritos eclesiástico dos primeiros três séculos atribuiu a origem da observância do domingo a Cristo nem aos apóstolos. Augusto Neander, um dos principais historiadores da era cristão, escreveu: “O festival do domingo, como todos os outros festivais, era apenas uma ordenança humana, e estava longe da intenção dos apóstolos estabelecer um mandamento divino a esse respeito. Não era intenção deles nem da igreja apostólica primitiva transferir as leis do sábado para o domingo” - A História da Religião e da Igreja Cristã, pág. 186.

Continua .....

segunda-feira, 4 de março de 2013

V – AS CONSEQUÊNCIAS DA IDOLATRIA



A não obediência a lei de Deus traz sérios danos à humanidade. Vejamos:

1 – Desvia-se da verdadeiro adoração a Deus (Jo. 4:23,24). “Deus é espírito” e, portanto, não pode ser representado, nem por figuras de animais e de homens, Adorar a Deus, segundo Jesus, deve envolver nossos sentimentos, emoções e verdade.

2 – Presta-se culto aos demônios (I Co. 10:14,19-22). O apóstolo afirma que a comida dos ídolos e os ídolos não representam realidades. Mas os demônios são reais. Quando as pessoas pensam que estão sacrificando aos ídolos (deuses), na verdade estão sacrificando aos demônios. Os primitivos cristãos então foram exortados a fugir da idolatria.

3 – Desfaz-se do verdadeiro mediador entre homens e Deus (I Tm. 2:5). Havia uma doutrina herética, no primeiro século, que ensinava que havia muitos intermediários entre Deus e o homem. Até hoje há muitos cristãos que crêem na intercessão dos “santos” no céu, junto a Deus. Paulo salientou, porém, que há um só Mediador entre Deus e os homens – Aquele que morreu pelos pecados de todos – Cristo Jesus.

4 – Não herda-se o Reino dos Céus (I Co. 6:9,10; Ap. 21:8). Paulo relaciona dez tipos de pessoas imorais, que procuram o estilo de vida descrito no texto citado, e que não possuem nenhum desejo de elevar moralmente de sua degradação. As pessoas que se contentam em continuar nessa vida não herdarão o reino de Deus.

sexta-feira, 1 de março de 2013

IV – FORMAS DE IDOLATRIA



Os atos de idolatria, mencionados na Bíblia, incluíam práticas revoltantes tais como:

1 – Prostituição cerimonial, o sacrifício de crianças, a bebedice e a autoflagelação, a ponto de sangrar (I Re. 14:22-24; 18:28; Jr. 19.3-5; Os. 4:13,14; Am. 2:8).

2 – Veneração dos ídolos, por partilhar com eles a comida e a bebida, em festividades ou cerimônias em sua honra (Êx. 32.6; I Co. 8:10).

3 – Curvar-se oferecer sacrifícios aos ídolos, por meio de cânticos e danças diante de tais, e até mesmo por beijá-los (Êx. 32.8,18-20; I Re. 19:18; Os. 13:2).

4 – Praticava-se também idolatria por preparar uma mesa com alimentos e bebidas para os deuses falsos, por fazer ofertas de bebidas, de bolos sacrificiais e de fumaça (incenso) sacrifical, e por chorar em cerimônia religiosa (Is. 65.11; Jr. 7:18;44:17; Ez. 8:14).

5 – A idolatria também consistia na adoração de corpos celestiais (astrologia), tais como a lua, o sol e as estrelas (Ez. 8:16; Dt. 4:15;19; 17:2,3; II Re. 17:16).

6 – Adoração de animais, anjos, demônios e homens, Sl. 106.19,20,28; Cl. 2:8; Ap. 9:20).

7 – Consistia também em fazer o filho passar pelo fogo, consultar adivinhos (búzios, tarô, sortes etc.), prognosticador (astrologia), agoureiros e feiticeiros; procurar encantadores, mágicos e necromantes (Dt, 18:10-14).

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

III – PRIMÓRDIOS DA ADORAÇÃO DE ÍDOLOS NA HISTÓRIA BÍBLICA



1 – Idolatria antediluviana (Gn. 3:6,17; 6:3-5,11-13; Is. 14:12-14; Ez. 28:13-15,17). A idolatria teve seu início, não no domínio visível mas no invisível, Sataná, quando ainda no céu, cobiçou o lugar de Deus, e a idolatria fez com que ele pecasse. Semelhantemente, Eva foi a primeira idólatra humana por cobiçar o fruto proibido. Já no dias de Noé, os homens erigiam os altares dos seus ídolos, e cultuavam a deuses falsos, esforçando-se para representarem Deus por meio de objetos materiais.

2 – Idolatria nos tempos patriarcais (Gn. 10:9; 11:1-9, 27;28; Js. 24:2). Embora o Dilúvio nos dias de Noé destruísse todos os idólatras humanos. A idolatria surgiu de novo, despertada por Ninrode. Através de seu comando, iniciou-se a construção de Babel e da sua torre (provavelmente para ser usado na adoração idólatra, plano este que foi frustado por Deus). Também em Ur dos Caldeus, cidade de Abraão, a idolatria era praticada por seus moradores.

3 – Idolatria nos tempo da Lei (Êx. 20:1-6; Dt. 7:5,6; 29;17). Por terem vivido mais de 400 anos no Egito, o povo de Israel entrou em contato com a idolatria naquele país, A Lei que Deus dera a seu povo, depois de libertá-los do Egito, foi explicitamente dirigida contra as práticas idólatras tão predominantes entre os povos antigos. Moisés ainda afirmou sobre a impossibilidade de se fazer uma imagem do Deus verdadeiro. Todos os acessórios da idolatria – altares, colunas sagradas, postes sagrados, e imagens esculpidas – deviam ser destruídos.  

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

II – CONCEITO BÍBLICO SOBRE A IDOLATRIA


O segundo mandamento da Lei Morai proíbe duas coisas: fazer imagens com fim de adoração e, existindo imagens previamente feitas por alguém, prostrar-se diante delas e prestar-lhes culto (Êx. 20:4-6). Além disso, este mandamento estabelece a espiritualidade e santidade de Deus como verdades fundamentais que devem ser a essência do verdadeiro culto. Este mandamento foi estabelecido por Deus acompanhado de uma série de advertência. Deus é zeloso em exigir exclusividade na adoração e culto puramente espiritual. E esse zelo o leva a punir a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração. Ao fazer tal advertência, Deus só quis chamar a atenção dos pais para a sua extrema responsabilidade, mostrando-lhes que sua infidelidade a Deus traria consequências danosas para suas futuras gerações. Vejamos ainda outros conceitos da Palavra de Deus sobre a idolatria.

1 – Termos desprezíveis para os ídolos. Nas Escrituras, mencionam-se repetidas vezes os deuses falos e os ídolos com termos de desprezo, como sendo imprestáveis (I Cr. 16:26); horríveis (I Re. 15:13); impudência (vergonhosa causa) (Jr. 11:13); detestáveis (Ez. 16:36,37) e repugnantes (Ez. 37:23).

2 – A descrição da idolatria na Bíblia. A idolatria é descrita como: Uma abominação a Deus (Dt. 7:25,26); Odiosa a Deus (Dt. 16:22; Jr. 44:3,4); sanguinária (Ez. 23:39); sem proveito (Is. 46:7); irracional (At. 17:29); contaminadora (Ez. 20:7;36:18).

3 – O conceito de Deus sobre os ídolos (Is. 44:9-20). O próprio Deus nos leva a uma análise crítica sobre a idolatria, mostrando-nos como pode um ser tão inteligente, como o homem, adorar “coisas” feitas de madeira, pedra ou metal. Ele faz afirmações contundentes sobre ídolos, dizendo que: a) eles não tem serventia; b) não tem vida nem sentidos (Sl, 115.4-8); c) servem para confundir e envergonhar; d) é feito por homens fracos e mortais; e) são feitos de materiais, comuns e perecíveis; f) demonstram a insensatez do homem. Deus condena claramente a procissão de imagens de escultura (Is. 45:20), e ainda afirma que a imagem é mentira, pois não há vida nelas (Jr. 51:17,18).

4 – A denúncia do profeta Jeremias (Jr. 44:17-26). A imagem de uma mulher com um menino no colo já era adorada nos tempos do profeta Jeremias. O nome da mulher era Semírames e o nome do menino Tamúz. Com a “conversão” do Império Romano ao Cristianismo, mudou-se o nome da mulher e também do menino (Maria e Jesus), mas a imagem é a mesma. Até hoje é sustentado, pela tradição, a cor das vestes da Rainha do Céu (Jr. 10:1-15). Os homens, no tempo de Jeremias, já se ajoelhavam diante as imagens e adoravam-nas (Jr. 1:16).

5 – O conceito dos Santos Apóstolos (Rm. 1:21-23). No conceito do apóstolo Paulo, a idolatria é: a) desconhecimento de Deus; b) adoração falsa; c) falta de gratidão a Deus; d) insensatez; e) loucura; f) degeneração. Paulo e Barnabé, após terem efetuado um milagre de cura, recusaram a adoração por parte da sociedade de Listra (Atos 14:8-18). O apóstolo Pedro também recusou adoração, por também ser homem (Atos 10:25,26). Os próprios anjos de Deus não aceitaram a adoração humana (Ap. 22:8.9; Mt. 4:9-10). Os fabricantes de imagem consideravam o cristianismo como uma ameaça a seu lucrativo negócio (Atos 19:23-27).

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

IDOLATRIA


Introdução: Ao olharmos os ensinos bíblicos nos mandamentos do Senhor, encontramos de início a afirmação ao povo que deseja ser povo de propriedade exclusiva de Deus. Que deseja servir amorosamente Àquele que os libertou do cativeiro, da escravidão e da manipulação religiosa: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx. 20:3). O desafio deste texto inicial da Lei Moral, era promover a libertação interior do povo da idolatria e de toda forma de culto que não poderia substituir na vida daqueles que foram libertos e resgatados pelo Único Deus, Vivo e Verdadeiro.

I – DEFINIÇÃO DE IDOLATRIA

Ídolo é uma imagem, uma representação de algo, ou um símbolo que seja objeto de devoção passional, quer material, quer imaginado. De modo geral, idolatria geralmente envolve alguma formalidade, cerimônia ou ritual.
Os termos hebraicos usados para se referir a ídolos não raro sublinhavam a origem e a inerente inutilidade dos ídolos, ou então eram termos depreciativos. Entre estas há palavras traduzidas por “imagem esculpida ou entalhada” (literalmente: algo esculpido): “estátua, imagem ou ídolo fundidos” (literalmente: algo lançado ou despejado); “ídolo horrível; “ídolo vão” (literalmente: futilidade); e “ídolo sórdido”. “Ídolo” é a tradução usual da palavra grega “eídolon”, e significa “imagem, falso deus”. Idolatria, no sentido deste estudo, é o desvio da verdadeira adoração a Deus.

II – CONCEITO BÍBLICO SOBRE A IDOLATRIA

O segundo mandamento da Lei Morai proíbe duas coisas: fazer imagens com fim de adoração e, existindo imagens previamente feitas por alguém, prostrar-se diante delas e prestar-lhes culto (Êx. 20:4-6). Além disso, este mandamento estabelece a espiritualidade e santidade de Deus como verdades fundamentais que devem ser a essência do verdadeiro culto. Este mandamento foi estabelecido por Deus acompanhado de uma série de advertência. Deus é zeloso em exigir exclusividade na adoração e culto puramente espiritual. E esse zelo o leva a punir a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração. Ao fazer tal advertência, Deus só quis chamar a atenção dos pais para a sua extrema responsabilidade, mostrando-lhes que sua infidelidade a Deus traria consequências danosas para suas futuras gerações. Vejamos ainda outros conceitos da Palavra de Deus sobre a idolatria.

1 – Termos desprezíveis para os ídolos. Nas Escrituras, mencionam-se repetidas vezes os deuses falos e os ídolos com termos de desprezo, como sendo imprestáveis (I Cr. 16:26); horríveis (I Re. 15:13); impudência (vergonhosa causa) (Jr. 11:13); detestáveis (Ez. 16:36,37) e repugnantes (Ez. 37:23).

2 – A descrição da idolatria na Bíblia. A idolatria é descrita como: Uma abominação a Deus (Dt. 7:25,26); Odiosa a Deus (Dt. 16:22; Jr. 44:3,4); sanguinária (Ez. 23:39); sem proveito (Is. 46:7); irracional (At. 17:29); contaminadora (Ez. 20:7;36:18).

3 – O conceito de Deus sobre os ídolos (Is. 44:9-20). O próprio Deus nos leva a uma análise crítica sobre a idolatria, mostrando-nos como pode um ser tão inteligente, como o homem, adorar “coisas” feitas de madeira, pedra ou metal. Ele faz afirmações contundentes sobre ídolos, dizendo que: a) eles não tem serventia; b) não tem vida nem sentidos (Sl, 115.4-8); c) servem para confundir e envergonhar; d) é feito por homens fracos e mortais; e) são feitos de materiais, comuns e perecíveis; f) demonstram a insensatez do homem. Deus condena claramente a procissão de imagens de escultura (Is. 45:20), e ainda afirma que a imagem é mentira, pois não há vida nelas (Jr. 51:17,18).

4 – A denúncia do profeta Jeremias (Jr. 44:17-26). A imagem de uma mulher com um menino no colo já era adorada nos tempos do profeta Jeremias. O nome da mulher era Semírames e o nome do menino Tamúz. Com a “conversão” do Império Romano ao Cristianismo, mudou-se o nome da mulher e também do menino (Maria e Jesus), mas a imagem é a mesma. Até hoje é sustentado, pela tradição, a cor das vestes da Rainha do Céu (Jr. 10:1-15). Os homens, no tempo de Jeremias, já se ajoelhavam diante as imagens e adoravam-nas (Jr. 1:16).

5 – O conceito dos Santos Apóstolos (Rm. 1:21-23). No conceito do apóstolo Paulo, a idolatria é: a) desconhecimento de Deus; b) adoração falsa; c) falta de gratidão a Deus; d) insensatez; e) loucura; f) degeneração. Paulo e Barnabé, após terem efetuado um milagre de cura, recusaram a adoração por parte da sociedade de Listra (Atos 14:8-18). O apóstolo Pedro também recusou adoração, por também ser homem (Atos 10:25,26). Os próprios anjos de Deus não aceitaram a adoração humana (Ap. 22:8.9; Mt. 4:9-10). Os fabricantes de imagem consideravam o cristianismo como uma ameaça a seu lucrativo negócio (Atos 19:23-27).

6 – Com relação à idolatria, os cristãos devem: Resguardar-se dela (Js. 23:7); não ter pacto com os idólatras (Êx: 34:16). Os servos do Senhor precisam guardar-se dos ídolos (I Pd. 4:3; I Jo. 5:21), até mesmo hoje em dia.


III – PRIMÓRDIOS DA ADORAÇÃO DE ÍDOLOS NA HISTÓRIA BÍBLICA

1 – Idolatria antediluviana (Gn. 3:6,17; 6:3-5,11-13; Is. 14:12-14; Ez. 28:13-15,17). A idolatria teve seu início, não no domínio visível mas no invisível, Sataná, quando ainda no céu, cobiçou o lugar de Deus, e a idolatria fez com que ele pecasse. Semelhantemente, Eva foi a primeira idólatra humana por cobiçar o fruto proibido. Já no dias de Noé, os homens erigiam os altares dos seus ídolos, e cultuavam a deuses falsos, esforçando-se para representarem Deus por meio de objetos materiais.

2 – Idolatria nos tempos patriarcais (Gn. 10:9; 11:1-9, 27;28; Js. 24:2). Embora o Dilúvio nos dias de Noé destruísse todos os idólatras humanos. A idolatria surgiu de novo, despertada por Ninrode. Através de seu comando, iniciou-se a construção de Babel e da sua torre (provavelmente para ser usado na adoração idólatra, plano este que foi frustado por Deus). Também em Ur dos Caldeus, cidade de Abraão, a idolatria era praticada por seus moradores.

3 – Idolatria nos tempo da Lei (Êx. 20:1-6; Dt. 7:5,6; 29;17). Por terem vivido mais de 400 anos no Egito, o povo de Israel entrou em contato com a idolatria naquele país, A Lei que Deus dera a seu povo, depois de libertá-los do Egito, foi explicitamente dirigida contra as práticas idólatras tão predominantes entre os povos antigos. Moisés ainda afirmou sobre a impossibilidade de se fazer uma imagem do Deus verdadeiro. Todos os acessórios da idolatria – altares, colunas sagradas, postes sagrados, e imagens esculpidas – deviam ser destruídos.  


IV – FORMAS DE IDOLATRIA

Os atos de idolatria, mencionados na Bíblia, incluíam práticas revoltantes tais como:

1 – Prostituição cerimonial, o sacrifício de crianças, a bebedice e a autoflagelação, a ponto de sangrar (I Re. 14:22-24; 18:28; Jr. 19.3-5; Os. 4:13,14; Am. 2:8).

2 – Veneração dos ídolos, por partilhar com eles a comida e a bebida, em festividades ou cerimônias em sua honra (Êx. 32.6; I Co. 8:10).

3 – Curvar-se oferecer sacrifícios aos ídolos, por meio de cânticos e danças diante de tais, e até mesmo por beijá-los (Êx. 32.8,18-20; I Re. 19:18; Os. 13:2).

4 – Praticava-se também idolatria por preparar uma mesa com alimentos e bebidas para os deuses falsos, por fazer ofertas de bebidas, de bolos sacrificiais e de fumaça (incenso) sacrifical, e por chorar em cerimônia religiosa (Is. 65.11; Jr. 7:18;44:17; Ez. 8:14).

5 – A idolatria também consistia na adoração de corpos celestiais (astrologia), tais como a lua, o sol e as estrelas (Ez. 8:16; Dt. 4:15;19; 17:2,3; II Re. 17:16).

6 – Adoração de animais, anjos, demônios e homens, Sl. 106.19,20,28; Cl. 2:8; Ap. 9:20).

7 – Consistia também em fazer o filho passar pelo fogo, consultar adivinhos (búzios, tarô, sortes etc.), prognosticador (astrologia), agoureiros e feiticeiros; procurar encantadores, mágicos e necromantes (Dt, 18:10-14).


V – AS CONSEQUÊNCIAS DA IDOLATRIA

A não obediência a lei de Deus traz sérios danos à humanidade. Vejamos:

1 – Desvia-se da verdadeiro adoração a Deus (Jo. 4:23,24). “Deus é espírito” e, portanto, não pode ser representado, nem por figuras de animais e de homens, Adorar a Deus, segundo Jesus, deve envolver nossos sentimentos, emoções e verdade.

2 – Presta-se culto aos demônios (I Co. 10:14,19-22). O apóstolo afirma que a comida dos ídolos e os ídolos não representam realidades. Mas os demônios são reais. Quando as pessoas pensam que estão sacrificando aos ídolos (deuses), na verdade estão sacrificando aos demônios. Os primitivos cristãos então foram exortados a fugir da idolatria.

3 – Desfaz-se do verdadeiro mediador entre homens e Deus (I Tm. 2:5). Havia uma doutrina herética, no primeiro século, que ensinava que havia muitos intermediários entre Deus e o homem. Até hoje há muitos cristãos que crêem na intercessão dos “santos” no céu, junto a Deus. Paulo salientou, porém, que há um só Mediador entre Deus e os homens – Aquele que morreu pelos pecados de todos – Cristo Jesus.

4 – Não herda-se o Reino dos Céus (I Co. 6:9,10; Ap. 21:8). Paulo relaciona dez tipos de pessoas imorais, que procuram o estilo de vida descrito no texto citado, e que não possuem nenhum desejo de elevar moralmente de sua degradação. As pessoas que se contentam em continuar nessa vida não herdarão o reino de Deus.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

CRISTO E A LEI


1 – Jesus viveu sob a Lei (Gl. 4:4,5). Cristo nasceu e viveu no período anterior à cruz, em que a lei era a principal revelação de Deus à humanidade. Ele veio fazer a revelaçao suprema, mas viveu como judeu, sob o sistema judaico. Durante Sua vida terrestre Ele submeteu-se a todos os preceitos da Lei (Jo. 15:10). Foi bem sucedido naquilo em que todos os outros fracassaram: cumpriu perfeitamente a justiça da Lei.

2 - Jesus não ab-rogou a Lei (Mt. 5:17-19). Estes versículos constituem uma resposta tanto para as acusações farisaicas de que Jesus estava destruindo “a lei e os profetas” (as duas partes do Antigo Testamento), com também desmentindo a ideia de que a liberdade em Cristo significava abolição da Lei. Ele não veio para abolir, mas para cumprir. Cumprir não significa apenas levar a efeito as predições, mas a realização da intenção da Lei e dos Profetas. A salvação é dádiva de Deus em misericórdia e perdão, mas os Seus requisitos por isso não perdem a força.

3 – Jesus resumiu a Lei em dois mandamento (M. 22:34-40). Os fariseus haviam descoberto que as leis eram em número de 613, sendo que 365 proibições e 248 mandamentos positivos. Jesus ao citar Deut. 6:5, faz do amor não apenas o grande mandamento, mas também a essência e cumprimento da lei e e dos profetas. Isso significa que, ao executarmos a lei de amor para com Deus (do primeiro ao quarto mandamento) e ao próximo (do quinta ao décimo mandamento), todas as leis de Deus são cumpridas, pois aquela é a essência da Lei (Rm. 13:8-10).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

III – A NATUREZA DA LEI DE DEUS.


1 - A lei é eterna e imutável (Mt. 5:18). A expressão do versículo citado deixa evidente o fato irrefutável de que a lei é eterna. É eterna porque se baseia na imutável natureza de Deus e nas relações permanentes do homem sobre a terra.

2 – A lei é santa e justa (Rm. 7:12). O mandamento é santo por origem, visto que provém de Deus, justo por natureza, uma vez que expressa a Sua vontade; bom em seus efeitos, visto que serve ao Seu propósito de levar o homem à sua origem santa.

3 – A lei é espiritual (Rm. 7:14). Conforme o pensamento hebraico, o que é espiritual está ao lado de Deus, assim como o que é carnal esta ao lado do homem. O homem espiritual pode cumprir a lei (Rm. 8:1-4).

4 – A lei é boa (Rm. 7:16; I Tm. 1:8) Paulo enfatiza um ponto muito importante “a lei é boa”. O que Paulo deseja dizer com essa afirmação é que ela desmacara o pecado, isto é, mostra a pecaminosidade humana. É coisa boa, pois, alerta-nos que o pecado é um instrumento que produz a morte.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


II CONTRASTE ENTRE A LEI MORAL E CERIMONIAL

Há passagens das cartas de Paulo em que ele deixa claro que existe mais de uma lei (Ef. 2:15; Rm. 3:31). Nestes dois textos citados Paulo usou a mesma raiz grega para as palavras “tornar inoperante”, “fazer cessar”, “adastar” alguma coisa. “anular”, “abolir”. A uma igreja Paulo afirma que a lei foi desfeita e a outra, falando sobre a anulação da lei, ele exclama: “de maneira nenhuma”. Obviamente Paulo deve esta falando de duas leis diferentes. Vejamos, abaixo, alguns aspectos dessas leis.

1 – A Lei Moral (Ex. 20:1-17). A Lei Moral, os Dez Mandamentos, chamamos Lei de Deus. Esta lei vem da eternidade. Os princípios desta lei são a base do governo de Deus. Foi escrita pelo “dedo de Deus” em duas “tábuas de pedra” (Êx. 31:18), denotando, com isso, sua autoriza e tempo de duração (eterna). É denominada: “a Lei Real” (Tg. 2.8). Ela era guardada dentro Arca da Aliança, a qual foi vista por João, na sua visão, no templo de Deus (Êx. 40:20; Ap. 11:19). É uma lei perfeita (Sl. 19:7,8). Nem tampouco é anulada pela fé (Rm. 3:31).

2 – Lei Cerimonial (Ef. 2:15; Cl. 2:14). A Lei Cerimonial continha sete sábados semanais (Lv. 23;27; 23:32); foi desfeita por Cristo em seu sacrifício. Foi escrita por Moisés num livr, o qual foi colocado ao lado da Arca da Aliança (Dt. 31:9,24-26), denotando com isso a temporalidade da lei, frequentemente chamada de “Lei de Moisés” - título dados aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento (Atos 15:5), veio a existir depois da queda do homem. A Lei Cerimonial “nenhuma coisa aperfeiçoou” (Hb. 7:19). Esta lei “consistia em manjares e bebidas, e várias abulções e justificações da carne” e sacrifícios, destinava-se a chamar a atenção para a primeira vinda de Jesus (Hb. 9:10). com Sua morte, essa lei foi “cravada na cruz”; era transitória (Hb. 10.1)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A LEI DE DEUS


Um dos assuntos mais importantes da teologia bíblica é a Lei. Este tema tem chamado a atenção de estudiosos desde o início da história do cristianismo.
Na língua hebraica a palavra “lei” tem um sentido bastante abrangente designando um ensinamento dado por Deus para regular a conduta do homem. Pode se dizer que a lei, dada a Israel sob a liderança de Moisés, é o eixo central do qual circula toda a vida do povo escolhido por Deus.
A lei dos mandamentos também ocupa papel importante no Novo Testamento. Em resumo, pode-se dizer que, na visão do Novo Testamento (especialmente nos escritos de Paulo), ela tem o objetivo de apontar para Cristo, o único que pode salvar. “Porque a finalidade da Lei é Cristo, para justificação de todo o que crê”. (Rm. 10:4, A Bíblia de Jerusalém).
Este estudo tem o objetivo, ainda que resumidamente, ver um pouco do que a Bíblia ensina sobre a Lei de Deus.

I – A CLASSIFICAÇÃO DA LEI.

Mesmo um exame superficial dos textos que falam sobre este assunto, é capaz de mostrar como a lei do povo de Israel era ampla o bastante para cobrir uma vasta área de atividades. Um certo estudioso da Bíblia sugeriu que a lei do Antigo Testamento pode, significativamente, dividir-se em três aspectos: Cerimonial (as observâncias rituais que apontavam para a frente, para a expiação final em Cristo); Judicial ou Civil (as leis que Deus prescreveu para uso no governo civil de Israel), e Moral (corpo de preceitos morais de aplicação universal, permanente, a toda a humanidade). Poderíamos ainda classificarmos a Lei da seguinte forma:

1 – Criminal ou Civil – Os aspectos, dessa lei, abrange os preceitos dados a Israel para o governo do seu estado civil. Previa, inclusive, pena de morte para alguns delitos. (Êx. 21:12,15,17:18,20;Lv. 20:10-16,27, etc.).

2 – Circunstancial – Lei que deveria ser aplicada conforme o caso, circunstancia ou a situação. Geralmente inicia-se com um “se”, que transmite ideia de condição. Os seguintes textos dão vários exemplos de leis circunstanciais (Êx. 22:1-17; Dt. 15:12-17).

3 – Familiar – A instituição familiar tinha peso na vida do povo de Israel. Por isso havia leis que regulamentavam, por exemplo, o castigo aos filhos rebeldes (Dt. 21.15-21), a castidade e o casamento (Dt. 22:13-30), herança dos filhos primogênitos.

4 – Cerimonial – Outro aspecto importantíssimo da vida de Israel era o culto ao Senhor. Diversas leis, que tratavam do ritual do culto abrangiam os vários sacrifícios e ritos cerimoniais que serviram com figuras ou tipos que apontavam para o Redentor vindouro, conforme Hebreus nos capítulos 7 à 10. Vários textos do Antigo Testamento confirmam que os israelitas tinham concepção do significado espiritual desses ritos e cerimoniais (Lv. 20:25,26; Sl. 26:6; 51:17; Is. 1:16). diversos textos do Novo Testamento diferenciam o aspecto cerimonial da lei e apontam para o seu cumprimento em Cristo (Ef. 2:14,15; Hb. 7:26-28; 9.9-15; 10:1-12).

5 – Sanitárias e alimentar – Havia também as chamadas “leis sanitárias”, que regulamentavam sobre a higiene, a alimentação, etc. Como exemplos de leis sanitárias e alimentos podem citar as coletânias de leis aparecem em Levítico.

6 – Caridade – Outra característica da lei de Israel, que frequentemente é ignorada, é o aspecto humanitário que ela apresenta. Estas leis incluíam proteção aos fracos – viúvas, órfãos, levitas e estrangeiros (Êx. 22:21-24); justiça para com os pobres (Ex. 22:25); imparcialidade (Ex. 23:6-8); generosidade por ocasião da colheita (Lv. 19.9-10); respeito pelas pessoas e pela propriedade, mesmo de um inimigo (Ex. 23:4;5); o pagamento imediato de salários ganhos pelo trabalhador contratado (Lv. 19:13); sensibilidade para com as pessoas de quem se tomavam objetos com penhor (Ex. 22:26,27); consideração para com as pessoas recém-casadas (Dt. 20:5-7; 24:5) e até mesmo cuidado para com os animais, domésticos e selvagem, e com as árvores frutíferas (Dt. 20:19,20; 22;6,7; 25:4).

7 – Moral – Diz respeito aos Dez Mandamentos (Ex. 20:1-17). Esta lei reflete a natureza e perfeição moral de Deus. Uma vez que a natureza moral de Deus permanece inalterável, Sua lei também o é, e ela é tão aplicável ao crente moderno quanto o foi aos crentes aos quais foi dada. O cristão está justificado do poder condenador da lei (Rm. 8:1-3), mas ainda permanece sob a sua ordem de obediência como guia para a vida reta diante de Deus (Rm. 3.31; I Co, 6:9-20).


II CONTRASTE ENTRE A LEI MORAL E CERIMONIAL

Há passagens das cartas de Paulo em que ele deixa claro que existe mais de uma lei (Ef. 2:15; Rm. 3:31). Nestes dois textos citados Paulo usou a mesma raiz grega para as palavras “tornar inoperante”, “fazer cessar”, “adastar” alguma coisa. “anular”, “abolir”. A uma igreja Paulo afirma que a lei foi desfeita e a outra, falando sobre a anulação da lei, ele exclama: “de maneira nenhuma”. Obviamente Paulo deve esta falando de duas leis diferentes. Vejamos, abaixo, alguns aspectos dessas leis.

1 – A Lei Moral (Ex. 20:1-17). A Lei Moral, os Dez Mandamentos, chamamos Lei de Deus. Esta lei vem da eternidade. Os princípios desta lei são a base do governo de Deus. Foi escrita pelo “dedo de Deus” em duas “tábuas de pedra” (Êx. 31:18), denotando, com isso, sua autoriza e tempo de duração (eterna). É denominada: “a Lei Real” (Tg. 2.8). Ela era guardada dentro Arca da Aliança, a qual foi vista por João, na sua visão, no templo de Deus (Êx. 40:20; Ap. 11:19). É uma lei perfeita (Sl. 19:7,8). Nem tampouco é anulada pela fé (Rm. 3:31).

2 – Lei Cerimonial (Ef. 2:15; Cl. 2:14). A Lei Cerimonial continha sete sábados semanais (Lv. 23;27; 23:32); foi desfeita por Cristo em seu sacrifício. Foi escrita por Moisés num livr, o qual foi colocado ao lado da Arca da Aliança (Dt. 31:9,24-26), denotando com isso a temporalidade da lei, frequentemente chamada de “Lei de Moisés” - título dados aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento (Atos 15:5), veio a existir depois da queda do homem. A Lei Cerimonial “nenhuma coisa aperfeiçoou” (Hb. 7:19). Esta lei “consistia em manjares e bebidas, e várias abulções e justificações da carne” e sacrifícios, destinava-se a chamar a atenção para a primeira vinda de Jesus (Hb. 9:10). com Sua morte, essa lei foi “cravada na cruz”; era transitória (Hb. 10.1).


III – A NATUREZA DA LEI DE DEUS.

1 - A lei é eterna e imutável (Mt. 5:18). A expressão do versículo citado deixa evidente o fato irrefutável de que a lei é eterna. É eterna porque se baseia na imutável natureza de Deus e nas relações permanentes do homem sobre a terra.

2 – A lei é santa e justa (Rm. 7:12). O mandamento é santo por origem, visto que provém de Deus, justo por natureza, uma vez que expressa a Sua vontade; bom em seus efeitos, visto que serve ao Seu propósito de levar o homem à sua origem santa.

3 – A lei é espiritual (Rm. 7:14). Conforme o pensamento hebraico, o que é espiritual está ao lado de Deus, assim como o que é carnal esta ao lado do homem. O homem espiritual pode cumprir a lei (Rm. 8:1-4).

4 – A lei é boa (Rm. 7:16; I Tm. 1:8) Paulo enfatiza um ponto muito importante “a lei é boa”. O que Paulo deseja dizer com essa afirmação é que ela desmacara o pecado, isto é, mostra a pecaminosidade humana. É coisa boa, pois, alerta-nos que o pecado é um instrumento que produz a morte.


CRISTO E A LEI

1 – Jesus viveu sob a Lei (Gl. 4:4,5). Cristo nasceu e viveu no período anterior à cruz, em que a lei era a principal revelação de Deus à humanidade. Ele veio fazer a revelaçao suprema, mas viveu como judeu, sob o sistema judaico. Durante Sua vida terrestre Ele submeteu-se a todos os preceitos da Lei (Jo. 15:10). Foi bem sucedido naquilo em que todos os outros fracassaram: cumpriu perfeitamente a justiça da Lei.

2 - Jesus não ab-rogou a Lei (Mt. 5:17-19). Estes versículos constituem uma resposta tanto para as acusações farisaicas de que Jesus estava destruindo “a lei e os profetas” (as duas partes do Antigo Testamento), com também desmentindo a ideia de que a liberdade em Cristo significava abolição da Lei. Ele não veio para abolir, mas para cumprir. Cumprir não significa apenas levar a efeito as predições, mas a realização da intenção da Lei e dos Profetas. A salvação é dádiva de Deus em misericórdia e perdão, mas os Seus requisitos por isso não perdem a força.

3 – Jesus resumiu a Lei em dois mandamento (M. 22:34-40). Os fariseus haviam descoberto que as leis eram em número de 613, sendo que 365 proibições e 248 mandamentos positivos. Jesus ao citar Deut. 6:5, faz do amor não apenas o grande mandamento, mas também a essência e cumprimento da lei e e dos profetas. Isso significa que, ao executarmos a lei de amor para com Deus (do primeiro ao quarto mandamento) e ao próximo (do quinta ao décimo mandamento), todas as leis de Deus são cumpridas, pois aquela é a essência da Lei (Rm. 13:8-10).