quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A TRINDADE DIVINA

A TRINDADE DIVINA
Ao ensino de que há um só Deus em três pessoas distintas, separadas uma das outras, porém da mesma essência, chama-se Doutrina da Trindade. A palavra “trindade” não se encontra na Bíblia, mas o ensino encontra-se claramente ali, pois em o Novo Testamento existem 108 passagens comprobatórias. Muitos acham a doutrina de difícil compreensão. Nunca devemos imaginar que algo está errado, só porque não o compreendemos bem.

A UNIDADE DE DEUS
Deparamos com um mistério infinito ao estudar a natureza de Deus. Mesmo assim, há algumas verdades sobre este assunto que são reveladas com clareza. Daquilo que as Escrituras ensinam sobre a natureza de Deus nada contradiz a verdade de que só há um Deus.

1 – A Bíblia afirma que há um só Deus (Dt.. 6:4; Mc. 12:29). O hebraico de Deuteronômio diz literalmente: “Jeová [Yahweh] nosso Deus [Elohim] Jevoá [é] Um”. Essa passagem afirma que Eloim, é Um no sentido de que não há outro, ou seja, Ele é o único Deus (Êx. 20:3; Dt. 4:35,39). A palavra “único”, ligada a Deus, vem do hebraico “ehadh” que indica uma unidade composta. Quando esta palavra é indicada no sentido absoluto, é empregada a palavra “yahodh”. É preciso distinguir entre duas qualidades de unidade: unidade absoluta e unidade composta. A expressão”um homem” traz a ideia de unidade absoluta, porque se refere a uma só pessoa. Mas quando lemos que o homem e a mulher serão “uma só carne”. Essa é a unidade composta, visto que ser refere à união de duas pessoas.

2 – As três pessoas divinas são um (I Jo. 5:7,8). Com unidade de Deus queremos dizer que a natureza divina é uma unidade indivisível. Isto é, Deus não consiste de partes nem pode ser dividido em partes. Assim, a mesma essência. Eles são divisíveis apenas na unidade numérica e indivisível na unidade de Deus.

3 – A unidade absoluta não desfaz a sua individualidade (Mt, 3.16,17). - O Pai, o Filho e o Espírito Santo são constantemente citados como Pessoas separadas com operações específicas operadas por cada uma. Porém, os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são “um”.
Não há contradição ente o ensino da unidade de Deus e o ensino da Trindade. Com trindade queremos dizer que há três distinções eternas em uma essência divina. Estas três distinções são três pessoas, conhecidas respectivamente como Pai, Filho e Espírito Santo. Devemos portanto, buscar nas Escrituras a verdadeira doutrina da Trindade.

1 – A Trindade no Antigo Testamento (Gn. 1:1,26) Muito embora a doutrina da Trindade não fosse explicitamente mencionada no Antigo Testamente, sua origem pode ser vista nos textos bíblicos. A expressão “Deus” vem do hebraico “Elohim” que literalmente quer dizer “deuses”, pois a palavra é plural, e às se usa, em hebraico acompanhada do adjetivo plural e com verbo no plural. Todos os membros da Trindade são mencionados no Antigo testamente: a) Pai (Is. 63:16; Ml. 2:10); b) o Filho de Jeová (Sl. 2:6:7; Is. 9:6); c) o Espírito Santo (Gn. 1:2; Is. 61:1).

2 - A Trindade no Novo Testamento (II Co. 13:13). Dentro do Novo Testamento, a dourina da Trindade fica grandemente ampliada. Cada pessoa da divindade é declarada como sendo divina. a) Pai é Deus (Mt. 6:8; Gl. 1:1); b) o Filho é Deus (Jo. 1:1-4,14,18; Rm. 9:5, Cl. 2:8,9; Tt. 2:13; II Pd. 1.1); c) o Espírito Santo é Deus (Mc. 3:29; Ato 5:3,4; II co. 3:17,18). A Bíblia apresenta assim esta realidade singular e misteriosa um Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

III – A TRINDADE E OS ATRIBUTOS
É um fato desafiador que os atributos da Divindade sejam atribuídos a cada uma das benditas Pessoas da Trindade.

1 – Eternidade. O Pai (sl. 90:2); O Filho (Cl. 1:17); O Espírito Santo (Hb. 9:14)

2 – Onipresença. O Pai (Jr. 23:24); O Filho (Mt. 18:20); O Espírito Santo (Sl. 139:7)

3 – Onisciência. O Pai (Jr. 17:10); O Filho (Ap. 2:23); O Espírito Santo (I Co. 2:10;11)

4 – Onipotência. O Pai (I Pd. 1:5); O Filho (II Co. 12.9); O Espírto Santo (Rm. 15:19)

5 – Santidade. O Pai (I Pd. 1:16); O Filho (Atos 3.14); O Espírito Santo (Lc. 12:12).

6 – Amor. O Pai (I Jo, 4:8,16); O Filho (Ef. 3:19); O Espírito Santo (Rm. 15:30).

7 – Verdade. O Pai (Jo. 7:28); O filho (Ap. 3.7); O Espirito Santo (I Jo. 5:6)

IV - A OBRA DA TRINTADE DIVINA
Além de cada obra distinta d eDeus ser realizada por uma Pessoa da Divindade, também as obras principais de Deus são atribuídas a cada uma das Três Pessoas. Podemos observar a atuação da Trindade Divina em pelo menos quatro áreas.

Na criação do universo (Gn. 1:2; Sl. 102:25; Cl. 1:16). A criação do universo foi uma realização de cada Pessoas da Trindade. Todos igualmente participaram neste empreendimento. Os atos da criação separados, ainda que completos, da parte de cada Pessoas reúnem0se na afirmação: “No princípio criou Deus (Elohim – nome que pressagia o mistério da pluralidade na unidade e a unidade na pluralidade) os céus e a terra” (Gn. 1.1)

Na criação do homem (Gn. 1:26; 2:7; Jó 33:4/ Cl. 1:16). A criação do homem é um ato criador de Deus. Este ato criador de Deus é obra das Pessoas separadas na Trindade. Houve a participação de Jeová Elohim, do Senhor Jesus e do Espírito Santo. À vista disto, Salomão adverte: “Lembra-te do teu criador (palavra plural no hebraico) nos dias da tua mocidade” (Ec. 12.1, veja ainda Is. 54:5 onde o termo “criador” também é plural).

Na salvação do homem (Jo. 3:16). O Espirito gerou o Filho (Lc. 1:35), mas de tal maneira que o filho sempre se dirige à primeira Pessoa chamando-a de Pai (Jo. 17:1-8) Cristo, o Filho, sempre faz a vontade do Pai e, para isto, recebeu o Espírito sem medida (Jo. 15:10; Lc. 3:21,22). Na sua morte houve a participação do Pai (Sl. 22:15; Rm. 8:32), do próprio Jesus (Jo. 10:18; Gl. 2:20), e do Espírito Santo (Hb. 9:14). Também na sua ressurreição podemos perceber a atuação dos três (Ato 2:24; Jo 10:18; I Pd. 3:18).

Na ressurreição da humanidade (Jo 5:21; Rm. 8.11). Mais uma vez os três estarão atuando em favor de todos os seres humanos para o Dia da Redenção. Assim a unidade e pluralidade. Ficaram demonstradas que existem na Divindade em um plano de relacionnamento acima e além do alcance da experiência humana.