Nosso Manual

As Escrituras Sagradas têm sito reconhecida como o maior livro de todos os tempos, devido à sua circulação total, ao número de línguas para as quais foi traduzida, à sua extraordinária grandeza como obra literária, e por sua extrema importância para toda a humanidade. Que possamos apreender juntos como este livro é tão antigo e ao mesmo tempo atual, uma palavra viva que é capaz de falar conosco em diferentes momentos em nossas vidas. Que Deus abençoe sua Palavra em nossos corações.

Nome: A palavra Bíblia é de origem grega (Biblos) e significa “livros”. Dessa forma podemos dizer que a Bíblia é um conjunto de livros sagrados, ou seja, muitos livros encadernados em um só volume. A Bíblia, em geral, contém 66 livros, sendo que 39 são do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Há Bíblias que contém 7 livros a mais e, no decorrer dos estudos, iremos entender porque há essa diferença.
O termo “Bíblia” não se encontra escrito na Bíblia. Quando fala dela mesma se refere como: Livro do Senhor (Is. 34.16); Palavra de Deus (Hb. 6.5); Escrituras (Jo 5.39) Palavra de Cristo (Cl. 3.16); Palavra da verdade (II Tm. 2.15) e outros.


Autoria:  A Bíblia foi escrita por certa de 40 autores. Todos eles foram inspirados pelo Espírito Santo. Eles não registraram suas opiniões pessoais, mas a vontade de Deus. Seus autores eram homens diferentes, tanto em cultura como em poder aquisitivo. Lucas era médico, Amós era boiadeiro, Salomão era rei, Pedro era pescador, etc. Muitos deles não se conheceram e viveram em épocas muito distantes uns dos outros. Eles escreveram sobre assuntos mais controvertidos e mesmo assim seus escritos não se contradizem. Não houve oposição, contradição de um escrito com outro, porque foram todos inspirados pelo mesmo Espírito. A Bíblia tanto no Antigo como no Novo Testamento é como que uma engrenagem que trabalha encaixando-se harmoniosamente.

Tempo de composição: Esses livros foram escritos num período aproximado de 1.600 anos. O primeiro livro composto foi Jó, aproximadamente no ano 1500 a.C. O último livro composto foi o Apocalipse, no ano 97 d.C. Entre o livro de Malaquias e Mateus há, geralmente, uma página em branco entre os dois testamentos que representa um largo período de tempo que, segundo as melhores informações históricas hodiernamente aceitas, durou mais ou menos 400 anos. Esse período é conhecido como “Período Interbíblico”. Os 400 anos do Período Interbíblico caracterizam-se pela cessação da Revelação Bíblica, pelo silêncio profundo  em que Deus permaneceu em relação ao seu povo, pois nesse período que os livros “apócrifos” foram escritos. 


Atualidade: A Bíblia é um livro antigo, mas, ao mesmo tempo, é atual e relevante para os dias de hoje. Ela nunca fica superada. Sabe todas as coisas, assim como o passado, presente e futuro; portanto, Sua palavra é para todos os tempos.

Importâncias: A Bíblia é o livro dos livros. Ela não é um escrito comum. Não há o que substituir o estudo da Bíblia, o que aprendemos na Bíblia não aprendemos em lugar algum. O conhecimento, os benefícios, os feitos que o estudo bíblico nos dá, não encontramos em nenhum outro livro.

Relatos históricos: A Bíblia é um livro que tem merecida confiança em seus relatos históricos. Tanto a arqueologia como História comprovam isso. A Bíblia narra a história desde antes da criação do mundo, como este foi criado e a história da humanidade existente na época, seja em história ou em profecias. A bíblia fala também sobre a vinda de Jesus, o chamado “fim do mundo”, depois do fim do mundo, o destino eterno da humanidade.

Seus Ensinos: A Bíblia nos dá a sabedoria que nenhum livro poderá nos oferecer. Nela está revelada a vontade de Deus para com o homem. Ela nos ensina, consola, nos dá esperança e nos exorta. A Bíblia dá resposta segura para nossas perguntas, funciona com espelho para o homem. Ela mostra a situação de cada ser humano diante do seu criador nos capacita a saber quem somos, o estado em que nos encontramos e, o que é de mais importante, mostra a verdade apontando-nos o caminha para uam vida equilibrada e feliz. Ela nos orienta na educação dos nossos filhos, nos ensina a fazer negócios, emfim, tudo o que um ser humano precisa, espiritualmente, emocionalmente e moralmente.

Natureza da Bíblia
O escritor da carta aos Hebreus descreve algo muito interessante sobre a natureza da Palavra de Deus, dizendo: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, falou-nos neste últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo”. (Hb. 1:1,2). As duas ênfases principais nestes versículos são: 1) Deus falou no passado; 2) Deus falou nestes últimos tempos. O que Deus disse parcialmente através dos profetas,ele disse plenamente em Jesus.

1 – Palavra Eterna (Is. 40:7,8). Deus compara a duração da vida do homem tão breve como a de uma simples erva. Passamos num pedaço minúsculo da história e logo perecemos, mas a Palavra de Deus é de geração em feração, subsiste para sempre.

2 – Fonte de Vida eterna (Jo 5:39) – Os judeus tinham o hábito de examinar as Escrituras porque reconheciam que elas continham o segredo da vida eterna. Assim podemos dizer que é através do estudo, do examinar as Escrituras que encontramos a fonte da vida eterna.

3 – Fonte de Verdade (Jo. 8:32) – A verdade aqui proferida é a própria Palavra de Deus que libera o homem das amarras do pecado e de satanas. Leia também João 17.17

4 – Origem Divina (II Pd. 1:19-21; Ec. 3:14). As escrituras não vieram meramente por vontade dos homens. Elas vieram quando “os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo. A palavra que é traduzida como “movidos” significa literalmente “carregados” ou “levados”, ou “possuídos” pelo Espírito Santo, eles falaram, o que eles falaram, na verdade, era a mensagem de Deus. Assim podemos afirmar que a Bíblia não foi inventada por vontade dos homens e sim inspirada pelo Espírito Santo. È importante frisar que “toda Escritura é inspirada”, ou seja, a vontade de Deus está expressa em toda a Bíblia. E não apenas em parte dela.

5 – É viva e eficaz (Hb. 4:12-13). Este texto contém a essência de tudo o que a Palavra de Deus pode fazer nas nossas vidas. A Palavra de Deus é viva e eficaz, pois ela é capaz de fazer o que Deus pretende na vida do ser humano. Ela produz efeito e dá bons resultados (Is. 55.11). Ela é a mais penetrante do que espada de dois gumes, ela entra no homem e age de dentro para fora. Penetra na divisão de alma e do espírito, jundas e medulas, isto é, age nos nossos sentimentos, pensamentos e mexe com nossas emoções, no nosso interior.
A Palavra de Deus traz à nossa consciência o que realmente somos. Ela é apta par discernir os pensamentos (desejos) e sentimentos (intenções)

OBJETIVOS DA BÍBLIA

1- Ensinar os princípios de Deus (II Tm. 3.16,17). A Palavra de Deus é útil para nos ensinar o que é verdadeira para nos fazer compreender o que está errado na nossa vida. Ela nos conduz ao caminho certo, nos ensinando a fazer o que é justo. A Bíblia também é um meio de que Deus se utiliza para nos preparar de todo modo para agirmos corretamente.

2 - Produzir a fé (Rm. 10:17). O objetivo da Bíblia é a de despertar a fé nos homens, dirigindo-lhes a vida para o seu destio apropriado. Porém, a fé só pode surgir através da audição ou leitura da Palavra de Deus.

3 – Preservar de pecar (Sl. 119:11; Mt. 22:29). Veja o efeito da Palavra viva na vida do homem. A Palavra d eDeus estando em nossos corações, funciona como prevenção contra o pecado, nos previne, evita e imprede que pequemos (Pv. 30:5).

4 – Mostrar o caminho verdadeira (Sl. 119:1050. A Bíblia ilumina nosso caminho, é lâmpada para os pés, isto é, nos capacita a ver, enxergar o perigo de perto para que você não tropece e caia. Luz para o meu caminho, porque capacita a enxergar longe, ver o perigo antes, a tempo de evitá-lo. Em conhecendo a Palavra de Deus, vamos conhecer também o destino, o fim do homem que não é guiado por esta luz.

5 – Alimentar o homem (Mt. 4:4). A Palabra de Deus nos alimenta, sustenta, faz nos mantermos firmes na presença de Deus. (Jr. 15:16). O alimento da Palavra causa efeito no coração do homem, faz com que tenha gozo. Assim como o alimento é para o sustento do nosso corpo, o estudo da Bíblia é alimento espiritual para a nossa vida.

Em Provérbios 2:3-5 lemos: “E, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temos do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.” Aqui está a condição para entendermos o conteúdo da Palavra de Deus. A compreensão das Escrituras requer mais do que o entendimento humano, requer a direção do Espírito Santo , que a deu.

A BÍBLIA E SUAS DIVISÕES


A Bíblia, como a conhecemos hoje tem 66 livros. Apesar disso, os livros bíblicos, em conjunto, constituem apenas uma única obra, um todo completo. Estes livros, de Gênesis a Apocalipse, constituem o cânon da Bíblia, ou seja, aqueles livros que foram escolhidos e catalogados pela Igreja Cristã nos primeiros séculos da era Cristã. A escolha desses livros específicos, e a rejeição de muitos outros, evidência que o Autor divino não só inspirou a sua escritura, mas também cuidou meticulosamente da sua compilação e da sua preservação. 

Antigo Testamenteo e Novo Testamento

A Bíblia é mais do que apenas um livro. È uma valiosa biblioteca de 66 livros agrupados em duas partes: 39 livros, escritos originalmente em hebraico e aramaico, compõem o Antigo Testamento e 27 livros, escritos originalmente em grego compõem o Novo Testamento.
Hoje em dia é comum chamar as Escrituras escritas em hebraico e aramaico de “Antigo (ou Velho) Testamento”. Isto baseia na leitura de II Coríntios 3.14, em algumas versões bíblicas. No entando, o uso de “antigo (ou velho) testamento” neste texto é incorreto. A palavra “Testamento” significa originalmente “pacto, aliança”, e este acordo se refere a uma forma de perdão dos pecados instituída por Deus ao homem. O apóstolo Paulo não se referia às Escrituras Hebraicas e Aramaixas na sua inteireza. Ele, antes, estava falando do antigo pacto da Lei, registrado por Moisés no Pentateuco e que constitui apenas uma parte das Escrituras pré-cristãs. Por este motivo ele disse no próximo versículo: “sempre que se lê Moises”.
Portando não há base válida para as Escrituras Hebraicas e Aramaicas serem chadas de “Antigo (Velho) Testamento”, e para as Escrituras Gregas serem chamadas de “Novo Testamento”. O próprio Jesus Cristo chamou a coleção dos escritos sagrados de “as Escrituras” (Mt. 21.42), Mc. 14:49; Jo. 5:39). O apóstolo Paulo chamou-as de “Sagradas Escrituras” e “Sagradas Letras” (rm. 1:2; 15:4; II Tm. 3:15).

Capítulos e Versículos

A subdivisão da Bíblia em capítulos e versículos não foi feita pelos escritores originais, mas foi uma adição utilíssima, realizada séculos depois. Os massoretas dividiram as Escrituras Hebraicas em versículos; dai, no século 13 da Era Cristã, acrescentaram-se as divisões de capítulos. Por, fim, em 1553, a edição de Robert Estienne da Bíblia em francês foi publicada com a primeira Bíblia completa com as atuais divisões de capítulos e versículos.

Classificação Literária
A Bíblia está classificada em quatro tipos de literaturas: Históricos, poéticos, proféticos e epístolas. Vejamos como se classifica o Antigo Testamento.

1º Históricos: Incluem os livros: Gêneses, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juizes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.

2º Poéticos: Começam no livro de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão (ou Cântico dos Cânticos).

3º Proféticos: Estão agrupados nos seguintes livros: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, não, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Vejamos agora a classificação do Novo Testamento

1º Históricos: Começando no Evangelho de Mateus, Marcos, Lucas, João e Atoso, achamos os livros históricos. Estes descrevem a história de Jesus Cristo, desde o nascimento, ministério, morte e ressureição, bem como a origem da igreja.

2º Epístolas: Ao todo são 21 epístolas (cartas), sendo que 13 delas foram escritas por Paulo. Estes são: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Timóteo, Tito, Filemon e Hebreus. Estas são as cartas específicas para igrejas daquela época. Do livro de Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas estão as epístolas gerais.

3º Proféticos: Por fim temos o livro de Apocalipse (Revelação). Este é um livro profético escrito por João no final do 1º século na ilha de Pátimos.



OS LIVROS APÓCRIFOS

Dependendo da editora, a Bíblia pode conter 73 livros, ou seja, 7 livros a mais: I e II Macabeus, Judite, Baruc, Tobias, Eclesiástico, Sabedoria e um acréscimo de dois capítulos (13 e 14) no livro de Daniel.
Estes 7 livros e mais estes dois capítulos acrescentados no livro de Daniel não são inspirados pelo Espírito Santo porque foram escritos num período em que Deus não falou com Israel (400 anos). Os próprios autores de tais escritos não reclamam inspiração para eles, mas confessam a falta do dom profético (I Macabeus 4:46; 9:27; 14:41).
Estes livros recebem o nome de Apócrifos. A palavra “apócrifo” é grega e significa “escondido” ou “secreto”, e foi dada a esses livros porque os seus autores são desconhecidos. A data de seus escritos e também matéria duvidosa, embora seja geralmente colocada ente os anos 200 e 100 a.C. Apesar de livros Apócritos não serem inspirados pelo Espírito Santo, são de grandes valores históricos.
O que nos leva a crer que estes livros não foram inspirados pelo Espírito Santos? Por que são os livros apócrifos rejeitados pelo protestantismo?

1º – Porque estes livros foram inseridos na Bíblia Sagrada em 1.546 no Concílio de Trento, 1200 anos depois da canonização da Bíblia Sagrada.
2º – Todos os livros do Antigo Testamento foram citados no Novo Testamento cerca de 453 vezes, mas os livros apócrifos nenhum vez (compare Hb. 2:6,7 co Sl. 8:4,5).
3º – O Senhor Jesus e Seus apóstolos nunca fizeram deles qualquer citação, Josefo (historiador judeu) rejeito-os, e Jerônimo, ao traduzir a Vulgata (versão da Bíblia em Latim) recusou reconhecê-los.
4º – Em II Macaceus 15:35-39, o autor se desculpa, se caso não tinha sido claro em sua narração, o que torna claro não ter sido divina sua inspiração.
5º – Há controvérsias nos escritos apócrifos, isto é, contradiz em alguns de seus ensinos em relação aos demais livros inspirados conforme Tobias 12:9, que nos garante que a esmola nos livra da morte, apaga o pecado e nos faz encontrar a vida eterna (salvação pelas obras). A Bíblia toda nos encina que o que nos livra da morte eterna é Jesus, mediante o nosso crer e aceitá-lo com Senhor e Salvador de nossa vida e vivermos como tal, e que nossos pecados somente serão perdoados mediante o nosso arrependimento, confissão e conversão.
6º – Falta ao apócrifos o planejamento progressivo e mútua interconecxão das Escrituras do Novo e Antigo Testamento. Erros históricos, inexatidões, e evidentes histórias e discursos de ficção aparecem.

Por estas razões os livro apócrifos não são aceitos como canônicos e por esses motivos não serao citados nestes estudos. Por outro lado, se a sua Bíblia contiver livros a mais não significa que ela não servirá para o estudo, pode usá-la normalmente, porém com esta observação que já mencionamos acima.

em breve continua